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Diversidade geológica atrai dezenas de cientistas europeus aos Açores

Quarta-Feira, dia 04 de Setembro de 2013

Dezenas de cientistas de várias universidades europeias encontram-se nos Açores em missão científica devido à sua "grande diversidade" geológica, de acordo com Victor Hugo Forjaz, do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores.
 "Os meses de agosto e de setembro estão a ser excecionais na visita de cientistas às diferentes ilhas dos Açores", refere Vitor Hugo Forjaz.

O vulcanólogo açoriano aponta que estão no terreno equipas científicas geológicas da Universidade de Helsínquia (22 geólogos juniores e uma catedrática), Granada, em Espanha (15 geólogos de mestrado e 3 catedráticos), Paris, Clermont, Marselha (França), Bruxelas (Bélgica), Milão, Siena (Itália), Londres (Reino Unido), Gotemburgo (Suécia) e Bremen (Alemanha), entre outras, considerando que é um número "invulgar".

Victor Hugo Forjaz revela que para além dos cientistas europeus chega aos Açores a 18 de setembro uma outra equipa de “importantes peritos” dos EUA especializados em vulcanologia.

O cientista refere que os Açores podem vir a assumir-se como “protagonistas” do turismo científico, uma vez que no arquipélago existe uma “grande diversidade” geológica, desde os calcários da ilha de Santa Maria, com oito milhões de anos, até aos pretextos geológicos da ilha das Flores.

“Existem no arquipélago vulcões do tipo havaiano, stromboliano, poliniano, vesuviano, entre muitos outros, bem como lavas escoadas e torrentes de pedra também com várias composições”, explica.

O vulcanólogo considera que esta diversidade “torna as ilhas dos Açores “muito atrativas”, vindo cientistas de todo o mundo para ter aulas, fazer pesquisa e estudar monumentos construídos com rochas do arquipélago, algumas das quais “raras”, como as da ilha do Pico.

Victor Hugo Forjaz congratula-se com a existência deste tipo de turismo científico nos Açores e seu impacto na economia, salvaguardando que este é um tipo de turista com poder económico.

O vulcanólogo exemplifica, como casos de sucesso, que existem atualmente agências que organizam excursões que são realizadas ao vulcão Etna (Itália), bem como a outros locais do globo, havendo mesmo na ilha de São Miguel um alemão residente que todos os meses organiza excursões internacionais ao vulcão Stromboli (Itália).

“Os serviços oficiais dos Açores ainda não perceberam a importância desse nicho de turismo que é o turismo científico, quer seja para ver fumarolas, vulcões ou rochedos”, declara Victor Hugo Forjaz, defendendo ações de promoção nesta área.

O vulcanólogo lamenta que o turismo dos Açores esteja “pouco organizado” para este nicho de mercado não só da parte governamental mas também na perspetiva das agências de viagens porque “não preparam pessoas” para o geoturismo.

 

 

 

 

Fonte: Açoriano Oriental,

http://www.acorianooriental.pt/noticia/diversidade-geologica-atrai-dezenas-de-cientistas-europeus-aos-acores




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