Sábado, dia 28 de Fevereiro de 2009
"Este é o ano decisivo em termos de promoção turística dos Açores. A opinião é do presidente da Associação Regional de Turismo (ART), Sandro Paim, que afirma que “finalmente há uma mudança de estratégia do Governo Regional e da Associação de Turismo dos Açores que vem ao encontro à que a ART defende há quatro anos”.
Sandro Paim explica que essa estratégia assenta em encarar o arquipélago como destino único e, depois, trabalhar os produtos que cada ilha ou grupo têm para oferecer.
“Por exemplo no que diz respeito à observação de cetáceos, o triângulo tem condições para desenvolver um produto de excelência. Promove-se assim um sub- destino que é o triângulo junto de um nicho de mercado”, disse, em declarações prestadas ao programa Magazine RCA, a emitir hoje pelas 11h e com repetição na segunda-feira pelas 19h.
A estratégia para o grupo Central é cativar nichos de mercado, “que trazem valor acrescentado”, adianta. Uma estratégia diferente da já adoptada por São Miguel, que apostou na massificação.
“É preciso ver que produtos de excelência cada ilha oferece e, depois, promover esse produto junto de nichos de mercado”, reforça o responsável pela ART, que dá o exemplo do turista apreciador de vinhos: “A Graciosa, a Terceira e o Pico têm capacidade para oferecer um produto de excelência no campo do vinho”.
Turismo rural
Sandro Paim defende ainda que, no grupo Central, a tipologia de unidade hoteleira que cativa mais nichos de mercado é a do turismo rural.
“Temos sempre de ter uma base de partida, hotéis de tipologia normal, para os grupos maiores, mas não de deve apostar em disseminar muito essa tipologia por todas as ilhas”, defende.
Quanto ao caso particular da Terceira, o presidente da Associação Regional de Turismo afirma que, após a conclusão da construção do hotel do Cantagalo, “no espaço de oito a dez anos, não vale a pena apostar mais nessa tipologia”.
Existe, porém, espaço para crescer no turismo rural. “Não só o rural puro, como outras alternativas”, diz.
“Um turista que vem para um hotel de quatro estrelas já viu aquilo em toda a parte do mundo. O turista que queremos para o grupo Central vem à procura de algo diferente, que pode ser oferecido pelo turismo rural”, conclui Sandro Paim."