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GEOPARQUE AÇORES ATÉ 2013 "Erupções" de emoção turística em 57 geossítios das nove ilhas

Terça-Feira, dia 31 de Maio de 2011

Vinte e seis erupções vulcânicas, das quais 14 submarinas, fazem a história, desde o século XV, do vulcanismo nos Açores. A mais recente, um vulcão submerso na freguesia da Serreta, na ilha Terceira, testemunha a vivacidade da geo-morfologia do arquipélago. É esta a realidade incontornável que o projecto Geoparque Açores quer potenciar no mercado turístico para integrar a rede mundial de 77 Geoparques. Um objectivo em curso, com a candidatura, desenvolvida pela Associação Geoparque Açores – GEOAÇORES.

 

O futuro parque, assente na máxima “9 Ilhas  –  1 Geoparque”, já tem classificados 120 geossítios, porém, são 57 (ver mapa) os referenciados no projecto Geoparque Açores, distribuídos por Santa Maria (5), São Miguel (10), Terceira (7), Graciosa (5), São Jorge (5), Pico (8), Faial (6), Flores (6) e Corvo (3), e dois geossítios submarinos.

 

Manuel Paulino Costa, da GEOAÇORES, explicou, no âmbito das III Jornadas de Reflexão de Animação Turística, decorridas este fim-de-semana, em São Jorge, que será criada “uma rede regional de geossítios com uma estratégia de conservação e promoção comum e com uma estrutura de gestão com apoios em cada ilha”.

 

 Missão: coordenar aos diferentes níveis

 

Sob o lema “Erupções de sabores, aromas e experiências…”, a venda do destino Açores, no segmento de turismo na natureza, será potenciada, à partida, pelas associações de desenvolvimento regional, pelos recém-criados parques de ilha, rede de centros interpretativos dos Açores, rede de ecotecas, associações e instituições de estudo e investigação locais e operadores turísticos.

 

Em preparação está assim o dossier de candidatura do Geoparque Açores à Rede Europeia e Rede Global de Geoparques para ser entregue até Outubro deste ano para apreciação e posterior aprovação ainda em 2012 ou em 2013.

 

O desafio, conta Manuel Paulino Costa, da GEOAÇORES, é “articular todas estas entidades existentes, quer ao nível regional, autárquico e local, bem como os operadores a orientarem-se para este projecto” que, refere, terá uma linguagem própria, distintas com uma imagem de marca e uma estratégia de promoção.

 

Questionado, o porta-voz do futuro Geoparque Açores espera que possam ser materializados em breve diversos circuitos turísticos sob o “umbrella” do geoturismo que não se fica somente pela geo-morfologia, mas que também reflecte o desenvolvimento sócio-económico das ilhas. Ou seja, explica, a par da visitação de grutas ou outras paisagens, poderão ser potenciados inúmeros geo-produtos, já firmados na identidade açoriana, como o vinho do pico, o queijo de São Jorge, o cozido das furnas, ou outras actividades pedagógico-recreativas organizadas.

 

Antecipar este léxico gastronómico com um “geo” poderá, acreditam os promotores, consolidar este mercado junto dos visitantes, já que nele está a filosofia, acrescem, de preservação do ambiente ao qual, é preciso sobretudo, dar a interpretação adequada aos turistas sobre o mundo geo-vulcânico açoriano. O mesmo se aplica às manifestações culturais, às festividades, aos costumes e usos açorianos, marcados pela insularidade de um território, na sua essência, eruptido.

 

 Workshop Internacional

 

A associação Geoparque Açores já realizou várias iniciativas, como a assinatura de um protocolo de colaboração para o projecto “Cidadania e Sustentabilidades para o Século XXI: Caminhos para uma Comunidade Sustentável nos Açores”, apoiado pela FLAD e coordenado pelo C.N.Educação, no passado dia 12 de Julho do ano passado; ou a organização do workshop “O Contributo do Geoparque Açores para a Economia Local” no Faial, Pico, e São Miguel, igualmente em Julho de 2010 com a presença de representantes dos Geoparques Naturtejo e Arouca; presença na “4th International UNESCO conference on Geoparks”, em Abril de 2010 na Malásia e na “9th European Geoparks Conference”, em Outubro, na Grécia.

 

Na ilha Terceira, o Geoparque Açores já esteve reunido com os empresários locais, em Dezembro último, com a colaboração da GRATER.

 

Este ano, o futuro Geoparque Açores esteve na Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL, já criou a sua página Web (www.azoresgeopark.com), editou folhetos com os “Geossítios dos Açores”, indo proceder agora desenvolver uma imagem corporativa do Geoparque Açores e de uma linha de produtos associada e, o mais importante, ao estabelecimento de protocolos com os parceiros do Geoparque, como a Azorina, a ATA, as ecotecas, centros interpretativos, entre outros, etc.

 

Entre os eventos previstos, destaque para a recepção do workshop internacional “10 Million stories about volcanoes and man” de 9 a 12 de Junho, nas ilhas do Pico, Faial e São Miguel, com a presença de membros da Rede Europeia de Geoparques, da UNESCO e associados da GEOAÇORES.

 

A “GEOAÇORES – é uma associação de direito privado sem fins lucrativos, criada em Maio de 2010, com sede na cidade da Horta, tem como sócios fundadores e membros dos corpos sociais, além do Governo Regional, via secretaria regional do Ambiente e do Mar, a ADELIAÇOR – Associação para o Desenvolvimento Local das Ilhas dos Açores, (na direcção), a GRATER – Associação de Desenvolvimento Regional (assembleia-geral), a ASDEPR – Associação para o Desenvolvimento da Promoção Rural e a ARDE – Associação Regional para o Desenvolvimento (conselho fiscal).

 

A coordenação científica está a cargo do professor João Carlos Nunes, da Universidade dos Açores.

Fonte: A União, 31-05-2011

http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=24070




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